sexta-feira, 11 de julho de 2008

BACCIOS E UTAS

Tem um poema rondando a minha cabeça há dias, que se nega a se organizar. Flutuam frases soltas ("...de descansar de novo no seu peito..."), referências ("...esses olhos cansados..."), trocadilhos ("No caminho tinha uma Pedra"). Mas ainda não é o suficiente, diz-me o poema-to-be. Ele não se deixa ser escrito, alegando que ainda não está pronto para ficar pronto. Que ainda faltam palavras, frases, sentimentos para se constituir poema. De qualidade, digo. Por que uma pieguice meia boca se faz a qualquer hora. Bom, seja como for, isso não deixa de ser um rascunho do que eu estou tentado dizer: que gosto de você, do que você é, do que você é comigo. E só, porque o poema ainda não está pronto, e a antecipação é traiçoeira.

(originalmente posta em 26/jan/06)

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