Capítulo Um: O homem por quem eu me apaixonei
O homem por quem me apaixonei por algumas semanas foi um dos ápices do meu ano, quiçá um dos ápices da minha curta vida.
Tirou-me do meu luto e pintou meu nariz. Me convidou a brincar de ser feliz. E fui. Me arrisco a dizer que fomos.
Evocou em mim meu lado mais lírico e poético. Meu lado mais belo, penso eu. Fez brotar palavras pedantemente belas, dentro de um senso de humor ímpar, onde mesóclises levavam ao delírio. Senti-me como uma criança, num parque. Balança, gira-gira, árvores para subir.
Não resistimos, nenhum dos dois, às intempéries. Ô dó. Mas o fim, a tragédia, as decepções, as feridas, essas coisas feias, deixemos de lado. Hoje experimentei lembrar das partes boas. Como me fez bem.
Tive saudades dessa alegria sincera, de pizzas às duas da manhã na rua e pães na chapa (com requeijão) na padaria. Do abraço intransigente na chuva, dos bilhetes, da máquina de escrever.
Meus sorrisos com você foram inesquecíveis. Transcendeu o romântico para imortalizar o lúdico. Você foi pra mim um Doutor da Alegria.
Muitos sorrisos pra você(s - que agora tem mais gente morando no seu mundo) em 2006.
(originalmente postado em 30/dez/05
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