sexta-feira, 11 de julho de 2008

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

Parou na frente da floricultura. Ficou encantada com as rosas, as margaridas, os girassóis e as outras trezentas flores que não sabia nomear. A primavera tinha chegado e ela, tão ocupada com aquele relacionamento complicado, nem notara... Imaginou onde ele estaria agora.

Decidiu que não queria mais isso. "Antes só que mal amada!", decretou antes de, sem pensar muito - já tinha gastado muito tempo esperando ele ligar -, desligar o celular, jogá-lo na bolsa e começar a escolher suas favoritas.

Formou um lindo e robusto buquê com rosas vermelhas, bem abertas, e aquelas florezinhas brancas que se coloca em volta de rosas vermelhas.

"Arruma pra presente pra mim, por favor?", pediu à senhora do caixa, enquanto escolhia um cartão adequado "Coloca uma fita bem bonita".

Achou o que procurava, um discreto e elegante, pegou uma caneta e deixou o recado: "Parabéns pela conquista! Que essa nova fase lhe traga muitas alegrias. E na hora do desânimo, força, menina, que você sabe que consegue!".

No caminho para casa, comprou um desses bolos bonitos e pequenos de padaria, para completar a celebração.

Chegando em casa, desligou também o computador, jogou a bolsa no sofá e colocou a secretária eletrônica pra atender às chamadas.

Depois de colocar as flores cuidadosamente no seu quarto, sorriu e, ligou o som. Dançou sozinha, e brindou sua vitória e comeu dois pedaços de bolo - um luxo para as adeptas do regime eterno. "You go girl...".

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